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Melhoria Contínua para o Título de Especialista

Desde sua primeira realização, em 1977, a prova para obtenção do Título de Especialista vem passando por melhorias, mas nada perto do que veremos no dia 14 de novembro de 2016, em São Paulo. Então, hoje minha missão é explicar, em poucas linhas, como chegamos até aqui. Vamos juntos?

 

Quando aceitou integrar esta Gestão como Diretor de Título de Especialista, o Dr. Alfredo Cherem abraçou com coragem o desafio que lhe foi colocado – trazer as melhores práticas de outras especialidades para a ANAMT. Para começar, o novo Diretor saiu a campo para saber o que fazem especialidades como a Ortopedia e Traumatologia, a Dermatologia, a Otorrinolaringologia, a Anestesiologia, a Pediatria e a Endocrinologia. Não bastasse estudar as boas práticas brasileiras, também analisamos referências internacionais como a do American College of Occupational and Environmental Medicine (ACOEM). O benchmarking mostrou que os melhores processos são focados na avaliação de conhecimento, habilidades e atitudes. Mostrou também que ninguém chegou lá da noite para o dia.

 

A partir disso, identificamos as oportunidades e necessidades. Sem dúvida, a grande oportunidade estava no estudo de revisão das Competências Requeridas para o Exercício da Medicina do Trabalho, apresentado no 16º Congresso da ANAMT realizado em maio.

 

Assim, o planejamento da próxima prova incorporou os seis domínios das competências e seus respectivos atributos – o que pode ser visto no edital publicado.

 

Uma nova equipe de trabalho foi mobilizada, agregando experiência no ensino e na educação continuada, somando três doutores, um livre-docente e duas especialistas. Para garantir um trabalho mais homogêneo, todos foram treinados pela Fundação Carlos Chagas. Uma equipe de consultores externos foi acionada para colaborar com sugestões de questões, segundo os domínios das Competências.

 

Finalmente, a ANAMT está trazendo novas tecnologias para a aplicação da prova, como fazem as melhores especialidades. No dia 14 de novembro, os candidatos a obtenção do Título de Especialista farão, pela primeira vez, as provas em computadores individuais. A nova tecnologia permitirá o uso de recursos adicionais para avaliação de conhecimentos, além de tornar o processo de correção mais ágil e seguro.

 

É claro que todo este investimento tem um custo que será percebido pelos candidatos, mas aqui também procuramos ser muito criteriosos. Quando comparado às especialidades estudadas, o valor da inscrição encontra-se em patamares semelhantes ou significativamente inferiores. Para garantir uma prestação de contas transparente para os associados, criamos um centro de custo específico para controlar as contas. E estabelecemos um critério fundamental – a prova de título não deve gerar receita para a ANAMT. Assim, todo e qualquer resultado positivo será revertido para a melhoria do processo.

 

O que queremos é desenvolver um processo que valorize a experiência e que seja capaz de avaliar os conhecimentos, habilidades e atitudes necessários para a boa prática da Medicina do Trabalho. Sabemos que não será fácil, mas demos o primeiro e importante passo desta jornada. Seguiremos em frente, melhorando a cada nova prova, porque o que desejamos é que cada um dos aprovados tenha orgulho de dizer “eu sou especialista em Medicina do Trabalho!”.

 

Dra. Marcia Bandini – Presidente da ANAMT 2016-2019

Fonte: ANAMT