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CFM participa de audiência pública na Câmara dos Deputados sobre segurança do trabalhador

A preocupação com a segurança do trabalhador após a entrada em vigor da nova legislação trabalhista foi apresentada pela representante da Câmara Técnica de Medicina do Trabalho do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mírian Perpétua Palha Dias Parente, em audiência pública realizada pela Câmara dos Deputados. O debate, uma iniciativa das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) e de Legislação Participativa (CLP), da foi realizado no dia cinco de outubro e discutiu a conjuntura política da segurança e medicina do trabalho.

Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI), a médica do trabalho destacou a apreensão com alguns pontos da reforma trabalhista, como a ampliação da data de aposentadoria, as condições de trabalho da gestante e, especialmente, a terceirização: “a adoção dessa forma de contratação pode precarizar ainda mais o trabalho e, consequentemente, facilitar o aumento do número de acidentes de trabalho no Brasil”, apontou Mírian.

A conselheira ressaltou o adoecimento mental dos trabalhadores e o elevado número de suicidios no país e disse considerar de suma importância o debate sobre o assunto no momento atual. Além da presidente do CRM-PI, também participaram do debate o coordenador-geral de Seguro contra Acidentes do Trabalho da Secretaria de Previdência Social, Paulo César Andrade Almeida; o 1º secretário de Segurança do Trabalho da Central dos Sindicatos Brasileiros, Claudio Ferreira Santos; o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Gonçalves de Araújo; presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas; entre outros.

A realização do debate foi solicitada pelo deputado Rôney Nemer (PP-DF), por sugestão da Associação Nacional dos Petroleiros Pedevistas (CONREPPV). “É importante a discussão sobre as normas que têm como objetivo evitar doenças e acidentes do trabalho”, afirmou Nemer.

A representante da Câmara Técnica de Medicina do Trabalho do CFM
demonstrou preocupação com a nova legislação trabalhista.